domingo, 10 de maio de 2009

Almas que vagam

Espíritos que vagam
na penumbra noturna a procura de algo, de alguém.
Corpos ardendo em uma febril fome e sede de amor,
de paixão, de volúpia e luxúria...

Espíritos que vagam
por efêmeros e infinitos lugares em busca do ardoroso desejo aplacar.
Corpos suados em agonizantes sonhos,
imaginam loucuras cometerem entre quatro paredes...

Espíritos que vagam
clamando pela física presença do outro ser encontrar.
Corpos carentes a espera do ardente beijo,
do toque carinhoso de mãos delicadas,
dos múltiplos gemidos saídos de bocas ensandecidas pelo prazer...

Espíritos que vagam
desnorteados pelo tempo e pelo espaço, não importando hora nem lugar,
apenas sabem que querem, que necessitam um ao outro ter.
Corpos sedentos se contorcem em espasmos incontroláveis
e intermináveis que dominam os pontos mais sensíveis,
acreditando unidos estarem...

Espíritos que vagam
sofredores pela falta, pela ausência,
pela solidão e pela cruel distância.
Corpos frenéticos alteram e alternam posições variadas
em busca de uma completa e profunda penetração,
devaneando um ao outro possuir...

Espíritos que vagam
confiantes na eterna esperança do reencontro
com a pessoa amada.
Corpos extasiados pela deliciosa sensação do prolongado
e abundante gozo terem obtido...

Espíritos que vagam
e continuarão vagando até que o objetivo do encontro
e da total entrega seja alcançado.

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